quinta-feira, 4 de outubro de 2007

D.Quixote e Sancho Pança

Era uma vez.... Um cavaleiro alucinado e temerário que acompanhado do seu lúcido e fiel Sancho percorreu meio mundo, combateu moinhos de vento para alcançar o respeito e amor da sua Dulcineia....

Agora mudam-se os tempos, D. Quixote usa mini saia, tem uma vida , uma família, uma profissão, muiiiiiiiiiiitas contas para pagar, vive lúcido e consciente dos seus papéis, entrega-se á vida com garra, mas...Por vezes transfigura-se, numa atração fatal pelo riso, pela música, pela beleza das coisas e sobretudo das pessoas, e nessas alturas acredita! Acredita que vale a pena, acredita que é possível, acredita que a única coisa que sustenta as vidas é o amor verdadeiro.
Aquele que nasce sem se esperar, que cresce na adversidade, que acolhe, que é amigo, que espera no silêncio ( às vezes), que se revela nos actos muito mais do que nas palavras.
E é então que põe a mini-saia e brilha, e quer lutar contra os moinhos e fantasmas.
Todos viram a cabeça, escarnecem, não é próprio, não é possível, não tem futuro, todos menos Sancho ( Sancho deve o seu apelido a um amor incondicional ao bacalhau..)

Sancho o primeiro dos críticos e o mais fiel dos sanchos, deixa o burro à porta e sentado no alto do esquálido mas orgulhoso cavalo, ajeita a sela de D.Quixote., puxa-lhe a saia que é demasiado curta para aqueles preparos, dá um último olhar guloso e reprovador ao decote, e...
Do cimo da sua Pança diz .... Acredita! Tem calma e Acredita!
Para onde irão?

Um comentário:

Aguaaferver disse...

E então? A D. Quixote encontrou o seu Dulcineu? É que ao contrário do protagonista da história de Cervantes, não se pode dizer que esta cavaleira tivesse alguma coisa a ver com o "Cavaleiro da Triste Figura"...;)