terça-feira, 21 de setembro de 2010

Domesticando o pensar

Ainda sobrevivo sim! Voltar a este espaço, a esta ilha de mim não é difícil, nem fácil. Talvez seja subir ou descer a um patamar de reflexão agora necessário, em exercício catártico, não narcísisco nem de expiação, antes de aceitação das difernças que a vida faz em nós. Algarvia arrevesada que não se cala!!
O mote dado por um amigo ... pensa menos... é mesmo um desafio quase impossível para mim, pensar não em círculo, pensar em niveis diferentes de vida, em olhares diferentes, em sentires diferentes, em viveres diferentes.. tudo isso e nada. REpensar sim, reencontrar uma paz perdida, renovar esperança, refazer tudo sobre os desfazeres, usar apenas a vontade e a força de ser, não prescindir de Ser, aprender a sê-lo mais serenamente, conter a premência da vontade, aprendizagem de humildade... de novo, sempre. MAs consegui-lo com alegria com risos puros e lágrimas sem sangue, essa é talvez a ambição do momento. Entre montes, moinhos e adamastores de dentro e fora de nós, repousar numa clareira, num prado verde com som de àgua e piscar de estrelas desta e de outras galáxias... armadura de D.Quixote ainda na sombra, Sancho repousando e roncando... em compasso ternário. Valsa de paz.
Até já...

Um comentário:

Aguaaferver disse...

A vida é um constante recomeço. E exige de nós a principal faculdade que a move, a vontade. Os estolhos que nos fazem tropeçar e que em qualquer altura nos podem fazer cair, nunca deverão ser tantos e tão agrestes que nos façam perder a vontade de nos levantarmos e recomeçarmos.Mas se isso acontecer, estarão presentes nas nossas vidas, as mãos amigas, muitas vezes vindas não se sabe de onde, mas presentes e que nos darão novo alento para a retoma do caminho. Excelente o teu texto Ana Maria. Não sou da opinião que penses menos mas que debites na escrita mais do que pensas para nos deleitares com estas pérolas.Bem hajas.